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Projeto de pesquisa capacita meninas e mulheres para atuarem na área da construção civil de forma eficiente e inovadora.
Esse sistema permite construir casas ecologicamente corretas, sendo o aço 100% reciclável e totalmente a seco, não se utiliza água nesse processo construtivo.
Widson Ovando | FapematProjeto de pesquisa desenvolvida pela Dra. Ângela Fátima da Rocha, da área da construção civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), campus Cuiabá Cel. Octayde Jorge da Silva, utiliza o conhecimento científico teórico aliado ao prático para estimular meninas e mulheres a trabalharem nas áreas da engenharia civil.
O projeto intitulado “Derrubando barreiras: mulheres na construção civil e o Sistema Light Steel Frame (LSF)”, fomentado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), visa capacitar meninas e mulheres a trabalharem como montadoras nesse sistema construtivo diferenciado, em áreas da construção civil.
O Sistema Light Steel Frame (LSF) é estruturado em perfis leves de aço conformados a frio (aço zincado), com resistência a processos corrosivos, e com diversas mantas impermeabilizantes nas paredes e nas uniões entre superestrutura e as fundações, que protegem do calor e da umidade. Esse sistema permite construir casas ecologicamente corretas, pois o aço é 100% reciclável, e o sistema construtivo totalmente a seco; quer dizer, não se utiliza água nesse processo. Outro fator é o tempo, uma casa popular média que seria construída por meios convencionais em quatro (4) meses, nesse sistema é reduzido para (1) mês.
“O projeto se iniciou com bolsistas, alunas dos cursos médio integrado em Edificações e dos cursos superiores em tecnologia em Construção de Edifícios e Controle de Obras do IFMT, com isso podemos dizer que já estamos com 50% do projeto em andamento, nos próximos dias 29, 30 e 31 de março, será construído um protótipo do Sistema Light Steel Frame (LSF) , numa área dentro do campus, com todas as especificações técnicas exigida para servir de modelo para formar futuras turmas de montadoras”, ressalta Ângela Rocha.
De acordo com a coordenadora, “é interessante unir o trabalho feminino a esse sistema construtivo, principalmente aqui em Mato Grosso onde há pouca participação da mulher na construção civil, a maior parte são arquitetas, engenheiras e ou empresárias. Com isso queremos promover a educação e a capacitação de mão-de-obra para a camada base da sociedade, fortalecendo o setor, bem como a melhoria de renda, com mais qualidade de vida para essas pessoas. As ferramentas que nós utilizamos em maior quantidade nesse projeto é uma parafusadeira e uma furadeira, não é picareta, não é enxada, não é carrinho cheio de concreto. É lógico que na base das construções - nas fundações - eles existirão, mas é só ".